Em um relato impressionante que chegou através do nosso e-mail de contato, um homem que pede para não ser identificado, narra uma história aterrorizante e se soma a outras histórias parecidas enviadas de várias partes do Brasil ao Enigmas ND1. Ele narra uma perigosa perseguição durante a madrugada. Confira abaixo!
— Era uma madrugada fria de outono em Juiz de Fora, Minas Gerais. O relógio do painel da minha velha picape marcava 2h47 quando deixei a cidade para seguir rumo ao sítio, a cerca de trinta quilômetros dali. A estrada de terra, envolta por morros e eucaliptos, estava silenciosa, com apenas o som constante do motor e o farol iluminando o cascalho avermelhado à frente.
Tudo transcorria normalmente até que uma luz forte cruzou o céu, à esquerda, e se manteve parada por alguns segundos. Pensei tratar-se de um avião, talvez um drone, mas aquela luz parecia mais intensa, mais viva. Continuei dirigindo, tentando ignorar, mas algo dentro de mim insistia que havia algo errado.
Cerca de dez minutos depois, a luz reapareceu, desta vez bem mais próxima. Ela oscilava em silêncio absoluto, sem o menor ruído de hélices ou motor. Quando percebi, estava diretamente sobre mim, acompanhando a picape. O rádio começou a chiar, o painel piscou e, de repente, o motor simplesmente parou. Fiquei ali, no meio da estrada escura, o coração disparado e o ar rarefeito.
O objeto, agora bem visível, era metálico e emitia uma luminosidade esbranquiçada que variava em intensidade, como se respirasse. Tentei dar partida, mas o carro parecia completamente morto. Foi nesse momento que uma luz azulada desceu da parte inferior do objeto, iluminando a cabine e me cegando por alguns instantes. Senti o corpo formigar, como se uma força invisível me puxasse para fora.
Apavorado, abri a porta e corri o mais rápido que pude em direção ao matagal à beira da estrada. A luz me acompanhava, movendo-se suavemente sobre as árvores, como se me rastreasse. O som do meu próprio coração parecia ensurdecedor. Tropecei em pedras, arranhei os braços nos galhos e segui em desespero, ouvindo aquele zumbido grave que agora ecoava sobre minha cabeça.
Depois de alguns minutos correndo sem destino, avistei um pequeno córrego. Pulei dentro dele e me escondi sob uma moita densa de samambaias. Permaneci imóvel, respirando com dificuldade. A luz pairou sobre mim por alguns segundos, varrendo o terreno como se me procurasse, até que, de repente, começou a subir lentamente, diminuindo de tamanho até desaparecer completamente no céu.
Esperei alguns minutos antes de me levantar. O silêncio era absoluto, apenas o som da água correndo entre as pedras. Caminhei de volta à estrada, ainda trêmulo. A picape continuava parada, mas quando girei a chave, o motor voltou a funcionar como se nada tivesse acontecido.
Cheguei ao sítio pouco antes das quatro da manhã. Passei o resto da noite sem dormir, observando o céu pela janela, com a sensação de que aquela coisa ainda estava lá, me observando. No dia seguinte, voltei ao local com um amigo. No chão, onde a picape havia parado, a terra estava queimada, com uma marca circular perfeita, de quase três metros de diâmetro.
Nunca mais esqueci aquela madrugada. Não sei o que era, nem por que me escolheu. Mas uma coisa é certa: desde aquela noite, todas as vezes que volto pela mesma estrada, sinto como se algo ainda me acompanhasse — invisível, silencioso e atento.